Jesus ensinou uma doutrina singela, sem complexidades textuais e ritualísticas, sem dogmas e sem hierarquia política. Ele falava de aspectos da vida, ou seja, da existência, preexistência e sobrevivência do ser, reencarnação, imortalidade, responsabilidade cármica e, acima de tudo, a existência de um Deus justo, paternal, amoroso, que nos programou para a felicidade, a paz, a harmonia com as leis cósmicas reguladoras do universo.
…não é preciso recolher-se a uma caverna de ermitão a fim de isolar-se. Ao contrário, o Cristo nos quer ver no mundo, pois é aí mesmo que ele precisa de nós, como colaboradores conscientes de sua transcendental tarefa de redenção. Uma redenção, não pelo sangue derramado na cruz, e sim pelo seu exemplo pessoal e pela sua doutrina universal do amor. Você pode ser um bom profissional, um excelente político, um bem sucedido líder em qualquer ramo de atividade e, ao mesmo tempo, praticar sua experiência e seus conhecimentos religiosos. Pode não, precisa. Tanto quanto a sociedade em que vivemos precisa de gente deste padrão ético.
Em As Sete Vidas de Fenelon, de Hermínio C. Miranda, pag. 274